
| | Apresentação Tipo | | Indicação Geográfica Protegida | Espécie/Variedade | | Frutos provenientes das espécies Citrus sinensis (laranjas) Citrus reticulata, Citrus Unshiu, Citrus deliciosa, Citrus mobilis (pequenos citrinos), Citrus paradisi (toranjas), Citrus limon (limões).
Os citrinos do Algarve são produzidos, principalmente, das variedades:
Laranjas
Dalmau (Navelina), Newhall e Valencia Late.
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Pequenos citrinos
Fortuna, Encore, Ortanique, Clementina Fina, Clementina Nules, Arrufantina, Hernandina, Fremont, Setubalense, Tangera Carvalhal, Tangerina Nova (Clemenvilla).
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Toranjas
Marsh Seedless, Star Ruby.
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Limões
Eureka, Lisboa, Lunário.
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| Historial | | Os citrinos são originários das Zonas Tropicais e Subtropicais do Continente Asiático e do Arquipélago Malaico.
A cidra (Citrus medica L.) foi a primeira espécie a ser introduzida na Europa e na Península Ibérica, tendo as outras espécies de citrinos vindo a ser introduzidas posteriormente: a laranjeira azeda (Citrus aurantium L.) e o limão (Citrus limon (L.) Burm. f.), pelos árabes, no séc. XI e as melhores variedades de laranjeira doce (Citrus sinensis (L.) Osb.), pelos portugueses, no início do séc. XVI, época a partir da qual existem abundantes referências bibliográficas sobre a cultura desta espécie no Sul da Europa.
A tangerineira, originária da China e da Conchinchina, foi introduzida na Europa bastante mais tarde, no início do séc. XIX.
Foram, sem dúvida, os portugueses que, no início do séc. XVI, introduziram a laranjeira doce na Europa. Os primeiros exemplares trazidos de Goa por D. João de Castro permitiram realizar as primeiras plantações nos vales do Tejo e do Sado e a partir daí, a cultura foi difundida para toda a Europa.
A forte ligação histórica que Portugal e o Algarve têm com a expansão da cultura dos citrinos na Europa, designadamente a laranjeira doce, é sobejamente testemunhada pelo nome deste citrino em alguns países: na Albânia, “Portokale”, na Grécia “Portugales”, na Turquia e Bulgária, “Portokal”, etc.
Ao longo dos séculos, a expansão dos citrinos pelo mundo foi grande, sendo hoje cultivados nos cinco continentes, em condições e ecossistemas completamente variados, com expressões muito características por regiões ou países em relação aos cultivares mais significativos. As diferentes condições edafo-climáticas das regiões produtoras fazem com que os citrinos daí obtidos, ainda que das mesmas variedades ou cultivares, possuam características diferentes nos mais variados aspectos.
Os “Citrinos do Algarve”, em face das realidades anteriores, beneficiam hoje sem dúvida e reconhecidamente de características distintivas e específicas em relação aos demais, dentro das variadas espécies e cultivares que caracterizam a maioria da sua produção.
A citricultura no Algarve remonta a tempos imemoriais e, a par da actividade hortícola, preencheu durante séculos a ocupação tradicional dos regadios do Algarve, onde as técnicas de rega foram desenvolvidas pelos árabes durante o século XIII.
A laranjeira doce tem sido cultivada abundantemente no Algarve desde o séc. XVI, havendo relatos de exportações de citrinos desta região desde meados desse século, para Espanha, Inglaterra, França e Países Baixos. Relatos de 1546 indicam a carga de uma nau que partiu de Faro, com destino a Antuérpia, levando frutos do Algarve, de entre os quais 70 milheiros de laranjas (poderiam ser cerca de 10 toneladas).
Para além do cultivo nos pomares e hortas, os citrinos estão amplamente associados à caracterização do Algarve. Nos quintais das casas, nas praças públicas e nos jardins é vulgar encontrar laranjeiras, tangerineiras e limoeiros para fins ornamentais e/ou de autoconsumo.
A expressão dos citrinos no Algarve tem vindo a aumentar nos últimos 50 anos, tendo passado de cerca de 2.000 hectares para aproximadamente 15.000 hectares em 1999. A área de citrinos do Algarve representa cerca de 70% da área nacional, com cerca de 60% das laranjeiras, 85% das tangerineiras e 40% dos limoeiros. A laranjeira representa cerca de 75% do pomar citrícola algarvio.
O Algarve possui condições edafo-climáticas muito favoráveis para esta actividade, nomeadamente pelo menor risco de ocorrência de geadas e pelo seu potencial fotossintético – insolação e radiação solar. Este conjunto de elementos climáticos específicos da região induz nos citrinos bons níveis de precocidade e produtividade e óptimas características organolépticas, que os diferenciam dos obtidos noutras regiões.
Encontrando a actividade, na região, boas condições naturais para a sua expressão, não é de estranhar o seu elevado peso no Produto Agrícola Bruto regional – cerca de 30%. Em correspondência com esta importância económica, são numerosos os agricultores cujos rendimentos agrícolas dependem, na maior parte, dos respectivos pomares de citrinos, sendo as explorações que se lhes dedicam cerca de 10 mil, o que representa aproximadamente 50% do total das unidades produtivas agrícolas do Algarve. | Fotografias (apresentação) | |

| Receitas | | 

 | | Pudim de Laranja Ingredientes: 4 ovos inteiros; 450 gr de açúcar: Sumo de 2 laranjas: Raspa de 1 laranja
Preparação: Batem-se os ovos inteiros com o açúcar peneirado, durante 30 minutos. Deve-se bater devagar para não fazer espuma. Adiciona-se o sumo e a raspa de laranja misturando bem. Vai a cozer em banho-maria durante meia hora, em forma untada com açúcar queimado.
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